terça-feira, 27 de junho de 2017

VERBOS

PREPARANDO VOCÊ PARA A PROVA

O conceito de modo verbal é mais semântico do que gramatical, propriamente dito. Tanto é que as definições de modo são todas baseadas no conteúdo semântico dos verbos e não na sua forma ou constituição. O modo indicativo, por exemplo, é definido como o modo verbal que expressa um fato, uma certeza.
Exemplos:
João fazia bicos para ajudar nas despesas de casa.
Tenho o desejo de ajudar os mais necessitados.
O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais que perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
Presente do Indicativo - exprime ações acontecidas no momento da fala.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudo, como, parto
  • Tu: ajudas, comes, partes
  • Ele/ela: ajuda, come, parte
  • Nós: ajudamos, comemos, partimos
  • Vós: ajudais, comeis, partis
  • Eles/elas: ajudam, comem, partem
Pretérito perfeito do Indicativo - Exprime ações concluídas no passado.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudei, comi, parti
  • Tu: ajudaste, comeste, partiste
  • Ele/ela: ajudou, comeu, partiu
  • Nós: ajudamos, comemos, partimos
  • Vós: ajudastes, comestes
  • Eles/elas: [tem]eram
Pretérito imperfeito - Exprime ações que dão a ideia de não estarem concluídas no passado.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudava, comia, partia
  • Tu: ajudavas, comias, partias
  • Ele/ela: ajudava, comia, partia
  • Nós: ajudávamos, comíamos, partíamos
  • Vós: ajudáveis, comíeis, partíeis
  • Eles/elas: ajudavam, comiam, partiam
Pretérito mais-que-perfeito - Exprime ações concluídas há muito tempo no passado.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudara, comera, partira
  • Tu: ajudaras, comeras, partiras
  • Ele/ela: ajudara, comera, partira
  • Nós: ajudáramos, comêramos, partíramos
  • Vós: ajudareis, comereis, partireis
  • Eles/elas: ajudaram, comeram, partiram
Futuro do pretérito - Exprime ações que iriam acontecer, mas não vão mais.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudaria, comeria, partiria
  • Tu: ajudarias, comerias, partirias
  • Ele/ela: ajudaria, comeria, partiria
  • Nós: ajudaríamos, comeríamos, partiríamos
  • Vós: ajudaríeis, comeríeis, partiríeis
  • Eles/elas: ajudariam, comeriam, partiriam
Futuro do presente - exprime ações que irão acontecer no futuro.
Ex: verbos AJUDAR, COMER, PARTIR
  • Eu: ajudarei, comerei, partirei
  • Tu: ajudarás, comerás, partirás
  • Ele/ela: ajudará, comerá, partirá
  • Nós: ajudaremos, comeremos, partiremos
  • Vós: ajudareis, comereis, partireis
  • Eles/elas: ajudarão, comerão, partirão




Primeiramente, vamos lembrar o significado do que quer dizer “modo indicativo”: é quando o falante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade. O modo indicativo tem divisões e subdivisões nos casos do pretérito e do futuro. Observe: 

• Presente 
• Pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito.
• Futuro: do presente, do pretérito. 
Quando e como utilizar cada um dos tempos verbais do indicativo? Vejamos a seguir a maneira de usá-los, separadamente: 

O modo indicativo presente assinala: 

• Um fato que ocorre no momento em que se fala: A campainha toca demais. 
• Um fato passado, mas que reflete um presente histórico: Rachel de Queiroz falece aos 4 de novembro de 2003, aos 90 anos. 
• Uma ação habitual: Ando dois quilômetros todos os dias. 
• Uma verdade universal: A terra é redonda. 
• Fatos futuros, porém não muito: Ligo para você, assim que chegar em casa. 
• Com valor imperativo, uma ordem, pedido: Façam silêncio! 

O modo indicativo pretérito assinala:

Pretérito perfeito

• Um fato concluído: Comprei uma bicicleta. 
• Uma ação que se prolonga até o momento presente (forma composta): Tenho trabalhado até tarde. 

Pretérito imperfeito

• Um fato contínuo, habitual, permanente: Ela comprava além do necessário. 
• Um fato passado que tem imprecisão quanto ao tempo: Era uma vez uma menina que morava no alto da colina. 
• Uma ação que acontece em relação a um fato passado: Eu dormia quando você entrou pela porta e me acordou. 

Pretérito mais-que-perfeito

• Uma ação passada ocorrida anterior a outra também no passado: Ele já realizara (tinha realizado) a prova quando você chegou para buscá-lo. 
• Um desejo: Quem me dera poder voar! 

O modo indicativo futuro assinala:

Futuro do presente

• Um fato futuro que poderá ocorrer posterior ao momento da fala: Amanhã, visitarei minha avó. 
• Dúvida a respeito de um fato presente: Ele terá uma surpresa boa esta manhã? Sim. 

Futuro do pretérito

• Um fato futuro em relação a uma ação passada: Eu poderia emprestar dinheiro se não tivesse gastado. 
• Uma ação futura, porém duvidosa: Seria realmente necessário ter guerras? 
• Fato presente: Daria para você fechar a porta porque estou tentando dormir!

Dentre as flexões relacionadas aos verbos figuram-se as de modo, conjugadas aos tempos que a elas se relacionam.

Desta feita, ao nos referirmos ao tempo subjuntivo, o mesmo é caracterizado por uma incerteza, uma probabilidade em relação ao fato verbal.Como por exemplo:

Caso eu tenha que chegar um pouco mais cedo, avise-me.
Teria condições de realizar um trabalho, se tivesse planejado melhor.

Referindo-nos aos seus respectivos tempos, destacam-se: presente, pretérito imperfeito e futuro, dentre os quais pautam-se por apresentar algumas formas fixas de construção. Às quais enfatizaremos a seguir, tendo como suporte o verbo cantar:
 
Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
Que eu cante
Se eu cantasse
Quando eu cantar
Que tu cantes
Se tu cantasses
Quando tu cantares
Que ele cante
Se ele cantasse
Quando ele cantar
Que nós cantemos
Se nós cantássemos
Quando nós cantarmos
Que vós canteis
Se vós cantásseis
Quando vós cantardes
Que eles cantem
Se eles cantassem
Quando eles cantarem


Em se tratando do modo imperativo, este indica uma ordem, expressa um pedido, retrata um conselho, caracterizando a ação verbal. Como podemos conferir adiante:

Alunos, tragam-me o histórico escolar com urgência.
Não faças isto, pode ser arriscado e perigoso.

O modo imperativo apresenta-se sob duas formas – a afirmativa e a negativa, cuja forma correta sobre como conjugá-las evidencia-se a seguir:
 
Afirmativo
Negativo
Canta tu
Não cantes tu
Cante você
Não cante você
Cantemos nós
Não cantemos nós
Cantai vós
Não canteis vós
Cantem vocês
Não cantem vocês



terça-feira, 28 de março de 2017

GLOSSÁRIO DE VERBOS JURÍDICOS

GLOSSÁRIO DE VERBOS JURÍDICOS
Ab-rogar. T.d. –revogar
Acarear. T.d. – confrontar testemunhos
Acionar. T.d. – intentar  ação judicial
Acoimar. T.d. punir
Acordar.Intransitivo. – fazer acordo
Adimplir. T.d.  defectivo - cumprir acordo ou contrato
ADJUCAR. T.d..- declarar que alguma coisa pertence a alguém/// e T.d.e i. - transferir bens de pessoa a pessoa.
AD-ROGAR. T.d. adotar pessoa.
AGRAVAR. T.d. - onerar,sobrecarregar /// e T.i. – interpor pessoa.
APENAR. T.d. – punir, condenar.
ARRESTAR. T.d. – apreensão judicial.
ARROGAR. T.d. – apropriar-se de bens /// T.i. – atribuir-se direitos.
ARROLAR. T.d. – fazer lista de bens.
AUTUAR. T.d. – lavrar um auto (administrativo ou judicial ).
AVENÇAR. T.i. pronominal.- fazer contrato, avença, convênio.
AVERBAR.T.d. – escrever, apostilar, registrar.
AVOCAR. T.d. e i. – atribuir-se.
CALUNIAR. T.d. – imputar falsamente crime ou contravenção.
CAUCIONAR. T.d. – dar em garantia.
CIRCUNDUTAR. T.d.-julgar nula uma citação.
CITAR.T.d. – chamar pessoa a juízo.
COLACIONAR. T.d.- juntar bens obtidos antes do testamento.
COMINAR. T.d. e i. – ameaçar, prescrever pena.
COMUTAR. T.d. --  trocar a pena.
CONVOLAR. T.i. --  ( prep. A, PARA)  mudar de estado...
COONESTAR. T.d. – dar aparência de honestidade.
CORREGER. Intransitivo.- ação de corregedor /// T.d. – pagar dano ou indenização.
DECAIR. T.i. – ( prep. DE ) – entrar em decadência. /// Int. cair.
DELINQÜIR. Intransitivo. ( verbo defectivo)  1ª pessoa –pres. Ind. e derivados– cometer crime.
DEMANDAR. Intransitivo. – disputar em juízo /// T.d. – intentar ação judicial contra.
DENUNCIAR. T.d. -  acusar algo ou alguém
DEPRECAR. T.i. –( prep. A )  requisitar ajuda a outra jurisdição.
DERROGAR. T.d. –revogar parcialmente.
DESAFORAR. T.d. – isentar de pagamento de um foro; transferir processo de um foro para outro.///  T.i. -Pronominal. – renunciar aos privilégios de um foro.
DESAGRAVAR. T.d.- reparar ofensa ou insulto; dar provimento a agravo.
DESAPROPRIAR. T.d. ( ver expropriar )
DESCRIMINAR. T.d. – absolver do crime.
DIFAMAR. T.d. manchar a reputação.
DISTRATAR. T.d. – anular contrato.
EMBARGAR. T.d. pôr embargos judiciais apropriados .
EMENTAR. T.d. – fazer ementa, resumo.
EMPALAR.T.d. – supliciar. Torturar.
ESBULHAR. T.d. – espoliar, despojar /// T.d. e i. ( prep. A) mesmo sentido.
ESCOIMAR .T.d. – livrar de coima, censura ou pena.
EXPROPRIAR. T.d. – desapossar.
ESTUPRAR . T.d. – conjunção carnal com violência.
EVENCER . T.d. – desapossar judicialmente.
EXARAR . T.d. – lavrar por escrito.
EXCUTIR . T.d. –  executar judicialmente os bens.
EXERDAR. T.d. – excluir da herança ( deserdar)
EXTORQUIR. T.d. – obter indevida vantagem econômica///
T.d. e i. defectivo – ( não há pres. Ind. e derivados) (prep.A).
EXTRADITAR. T.d. – entregar criminoso.
FRAUDAR. T.d. – enganar.
GRAVAR. T.d. – hipotecar, onerar.
HOMOLOGAR. T.d. – ratificar ato.
ILIDIR. T.d. -- contestar.
IMITIR. T.i.- investir em, fazer entrar ( na posse)///
           T.d. e i. – (alguém em algo )
IMPETRAR. T.d. – interpor recurso.
IMPRONUNCIAR. T.d. – julgar improcedente.
INADIMPLIR. T.d. – descumprir obrigação contratual.
INDICIAR. T.d.-  proceder  imputação judicial.
INDULTAR. T.d. – conceder indulto.
INJURIAR. T.d. – ofender alguém.
INQUIRIR. T.d.- indagar.
INSIMULAR. T.d. –  atribuir crime, denunciar ///
                 T.d. e i. -  acusar injustamente.
INTENTAR. T.d. – propor em juízo.
INTERDITAR. T.d. – declarar interdito.
INVENTARIAR. T.d. – arrolar bens.
IRROGAR. T.d. e i. – imputar, atribuir.
LAVRAR. T.d. – dar por escrito.
LEGIFERAR. Intransitivo. – elaborar leis.
LICITAR. Intransitivo. – oferecer lance em leilão.
LITIGAR. Intransitivo. – disputar por contestação.///
            T.d. – pleitear em juízo.
LOCAR. T.d. – alugar, arrendar.
MALVERSAR. T.d. – administrar mal, dilapidar.
MANUMITIR. T.d. – libertar ( das mãos), alforriar.
MANUTENIR. T.d – conceder mandado de manutenção(direito de).
                       Defectivo. ( formas com ni )
NOVAR. T.d. – substituir uma dívida por outra.
OB-ROGAR. Intransitivo. – contrapor uma lei a outra.
PACTUAR. T.d. – ajustar, combinar.
PENSIONAR.T.d. pagar ou dar pensão.
PERIMIR.T.d. dar por extinta ou prescrita ação ou instância. (Só 3ªpessoa – defectivo)
PETICIONAR. Intransitivo. – formular, por escrito, uma petição.
PRECLUIR.Int. – perder a capacidade de agir num processo. (Só 3ª pessoa - defectivo)
PRESCREVER. Int. – extinguir uma ação ajuizável.
                           T.d. – ordenar de maneira previamente explícita.
PREVARICAR. Intransitivo – corromper, perverter, cometer adultério.
PROLATAR. T.d. proferir ou lavrar sentença judicial. Promulgar lei.
PRONUNCIAR. T.d. despachar, declarar; proclamar autoria.
PURGAR. T.d. – liberar ou extinguir obrigação por pagamento.
QUERELAR.T.i. – promover queixa-crime, denúnciar.
RABULAR. Intransitivo. – advogar sem direito.
RAPTAR. T.d. – arrebatar mulher para fins libidinoso, com violência.
RECEPTAR. Td. Receber, adquirir ou ocultar coisas sabiads de procedência ilícita ou criminosa.
RECLUIR. T.d.-  pôr em cárcere.
RECONVIR. T.i. ( prep. A ) – (o réu) propor reconvenção contra o autor da demanda.
REDIBIR . T.d. – anular contrato de compra e venda ( defeito do objeto)
REDIMIR. T.d. – T.d. e i. – pronominal. ( ver REMIR).
REINCIDIR. T. i. perpetrar novo delito.
REMIR. T.d. – resgatar, pagar, expiar, tirar do cativeiro.
              T.d. e i. – livrar, libertar, resgatar. ( prep. DE )
               Pronominal : resgatar-se.
REMITIR. T.d. – perdoar, dispensar, renunciar.
REPRISTINAR. T.d.- tornar sem efeito lei, revogar.
RERRATIFICAR. T.d.-  tornar a ratificar.
RESCINDIR. T.d. – anular efeitos jurídicos ( contrato, acordo, casamento , vínculo , obrigação ).
RESILIR.T.d. – dissolver acordo por anuência de ambas as partes , ou por vontade de uma delas. ( distratar , rescindir).
RESOLVER. T.d. desfazer, dissolver, anular ( contrato...)
RESSARCIR. T.d. – pagar prejuízo, reparar dano, indenizar.
RETROVENDER. T.d. – vender, podendo readquirir a coisa vendida. /// T.d. e i. ( Prep. A )
REVOGAR. T.d. – anular ou retirar, licitamente, eficácia de ato.
SANCIONAR. T.d. – aprovar, impor pena.
SANEAR.T.d. – purificar, aperfeiçoar, expurgar falhas.
SEDUZIR.T.d. – constranger mulher virgem ou menor a praticar relações sexuais.
SEQÜESTRAR. T.d. – apreensão de bens ( Direito Processual);
                                      privar alguém de liberdade de locomoção.
SIMULAR.T.d. - fingir legalidade.
SONEGAR. T.d. – ocultar deixar de declarar ( impostos bens,dinheiro...)
SUB-ROGAR. T.d. – substituir coisa ou pessoa por outra.
                         T. d. e i. /// pronominal. -  transferir direitos ou encargos para outrem.
SUBSCREVER. T.d. - autenticar documento ;  assunção de ações para constituir capital.
SUBSTABELECER. T.d. – transferir a outrem os poderes conferidos em mandato.
SUMARIAR. T.d. – promover formação de culpa, para apuração da acusação.
TERGIVERSAR. Intransitivo. – defender na mesma causa as duas partes, simultânea ou sucessivamente.
TESTAR. Intransitivo. Fazer testamento.
                 T.d.  ou i.  ( testar os bens; testou  de seus bens ).
                  T. d. e i.  ( Testou à mulher todos os bens .)
TOMBAR. T.d. – cadastrar, registrar, inventariar prédios ou imóveis.
TURBAR. T.d. – ferir ou perturbar direito alheio.
TUTELAR.T.d. – proteger como tutor.
USUCAPIR.T.d.-  adquirir domínio por prescrição.
VICIAR. T.d. – tornar defeituoso, falho ou irregular ato jurídico, levando-o à nulidade  ou à anulação.
VIGER. Intransitivo -  vigorar, estar em uso, em execução.
VILIPENDIAR. T.d. – falar ou escrever  com vileza, ultraje ou desprezo, sobre ato ou objeto de culto religioso.

quinta-feira, 16 de março de 2017

A LINGUAGEM

Linguagem

   É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.

EX:  AGUA POTAVEL                         CUIDADO CACHORRO


Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
SINAIS TE TRANSITO

A GRAMATICA

Sobre a Gramática
A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como:
- Exemplo de bons escritores;
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
Em se tratando de Gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qual dá estrutura à língua. Tais normas definem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática.
Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso não justifica, porém, o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.
Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural acumulado durante séculos pela humanidade.


Tipos de Gramática
1. Gramática Normativa
É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. É também o tipo adotado no Só Português.
2. Gramática Descritiva
Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
3. Gramática Histórica
Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.
4. Gramática Comparativa
Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.
Divisão da Gramática
Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um sistema de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática tradicionalmente divide-se em:
Morfologia - abrange o sistema mórfico.
Sintaxe - enfoca o sistema sintático.
Fonologia/Fonética - focaliza o sistema fônico.
Observação:
Alguns gramáticos incluem nessa visão uma quarta parte, a Semântica, que se ocupa dos significados dos componentes de uma língua.

DR.MS.BATAIOLI Antonio.M.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

TRABALHO DE SOCIOLOGIA 2º BIMESTRE DE 2016

POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA:


Por uma sociedade mais justa

 Ulisses Riedel

A vida em sociedade, que é uma exigência da natureza humana, é uma vida de relações. Durante um longo período, o sistema básico de relações humanas foi o da força. Os mais fortes, fisicamente, dominavam os mais fracos. Com o correr dos milênios e o desenvolvimento da inteligência, o uso da força física cedeu lugar à força da inteligência, que, por sua vez, utiliza também a força física.
Nesse vasto período de evolução, o egoísmo foi o fator determinante no uso da inteligência e da força bruta para o estabelecimento das relações humanas. Contra essa liberdade selvagem, pouco a pouco estabeleceu-se o Estado de Direito, para que regras sociais pretensamente justas prevalecessem contra o arbítrio, a tirania e o despotismo.
Na Grécia antiga, Pitágoras afirmou que “o governo existe somente para o bem dos governados”. Em outro discurso, disse: “O Estado deveria ser o pai e a mãe de todos; o protetor de todos, sem o qual o lar seria assolado e destruído. É do Estado que promana tudo quanto torna nossa vida próspera e proporciona beleza e segurança. Se um homem bravo morre em defesa do que é seu, com maior boa vontade deveria morrer em defesa do Estado.”
Em nossos dias, Krishnamurti afirmou que “o problema coletivo é o problema individual.” O ideal de cidadão é sentir-se participante da sociedade, com uma visão abrangente que alcance toda a humanidade, todos os povos, todo o planeta.
Porém, nenhum Estado é verdadeiramente civilizado se a cultura de uns se baseia na ignorância e na miséria de outros. É preciso fazer com que se torne realidade a famosa frase de Annie Besant: “Quanto mais elevadas forem as aspirações nacionais, mais poderosa se torna a nação.”
A célebre divisa da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) é extremamente significativa para a construção de uma sociedade nobre. Mas, em seu nome, foram cometidos erros que negaram o próprio ideal.
O ideal de liberdade transformou grande parte do mundo, liberando-o do absolutismo, do colonialismo, da opressão. A  história da humanidade reverencia pessoas que, de formas diversas, lutaram pela liberdade: Annie Besant, Nehru e Gandhi, na Índia; Artigas, Bolívar, Zapata e José Marti, na América Latina; Lincoln, nos Estados Unidos; Tiradentes e Gonçalves Ledo, no Brasil; e Mandela, na África do Sul.
Em 1942, Roosevelt enunciou sua famosa doutrina das quatro liberdades. A primeira é a liberdade de expressão; a segunda, a liberdade de adorar a Deus à sua maneira; a terceira, a libertação da miséria – “que permita assegurar uma vida saudável e pacífica aos habitantes, em todas as partes do mundo”; a quarta é a liberdade do temor – “que significa uma redução mundial de armamentos, a tal ponto que nenhum país possa achar-se em posição de cometer ato de agressão física contra seus vizinhos”.
Annie Besant, de certa maneira, sintetizou esses ideais como uma meta a ser alcançada pela humanidade: “Ninguém é realmente livre (...) se não souber subordinar suas tendências inferiores às suas aspirações mais elevadas. Se não adquirir paz e equilíbrio interior, irradiando ao seu redor, através de seu lar e de sua ação no mundo, essa mesma paz e esse mesmo equilíbrio. Só assim podem ser removidos a ambição, a cobiça, a sede insaciável de prazeres, de poder, de conforto, que são as causas da exploração e do sofrimento humano. São, ainda, a origem das limitações que o ambiente social de hoje apresenta à liberdade plena de cada um e de todos.”
O ser humano só encontra paz quando consegue se desprender de seu eu superficial. Em geral, quando isso acontece, ocorre uma verdadeira revolução interior, que inverte todos os valores morais e sociais. Os objetivos externos perdem importância. O entusiasmo que resulta da comunhão com as forças vitais da espiritualidade interna passa a ser o mais importante. Uma crise de consciência desse gênero é a origem de todas as grandes realizações humanas, assim como das vidas dos santos e dos sábios.
Se conseguirmos realizar em nossa vida essa liberdade moral, vamos enobrecer e enriquecer nossa existência em comunhão com as energias espirituais interiores. Assim, poderemos viver uma vida inteiramente livre, construtiva e harmoniosa, e seremos centros irradiadores de harmonia e paz no nosso lar, na vida profissional, no ambiente social, no mundo. Dessa forma, contribuiremos para fazer o nosso povo mais feliz, mais sadio, mais rico, material e moralmente. E daremos às novas gerações um exemplo construtivo de como aproveitar as oportunidades de bem servir.
Ao tomarmos consciência da necessidade de realizar o ideal do cidadão perfeito dentro do Estado perfeito, cumpre-nos agir para introduzir esses objetivos no convívio social. Historicamente, alguns países deram ênfase ao ideal de liberdade; outros, ao de igualdade. Como a liberdade e a igualdade conquistadas eram superficiais, calcadas em valores externos e transitórios, os sistemas resultaram em fracasso.
Nos países onde a liberdade foi priorizada, ela alcançou apenas uma parte da população; prevaleceu a face cruel do liberalismo econômico e do individualismo. Nos países onde se priorizou a igualdade, também de forma externa e sem liberdade, o resultado foi, da mesma maneira, fracasso e insatisfação.
Uma visão superficial pode levar a pensar que onde há liberdade é impossível haver igualdade, e vice-versa. Mas essa é uma falsa conclusão; um princípio não exclui o outro. A vida espiritualista é aparentemente paradoxal. No caminho espiritual, precisamos adquirir qualidades contraditórias na aparência, mas que, na verdade, são complementares: o desenvolvimento da força implica desenvolver a sensibilidade; o do amor, o desapego; o da sabedoria, a humildade.
Da mesma forma, no plano coletivo, a liberdade implica o desenvolvimento da igualdade. Só existe verdadeira liberdade entre iguais; só existe verdadeira igualdade em liberdade. Liberdade, igualdade e fraternidade, que a bandeira da Revolução Francesa fixou (com certeza divinamente inspirada), são princípios sociais eternos. Em qualquer época, em qualquer civilização, uma sociedade nobre deve ser livre, igualitária e fraterna. Mais do que isso: a liberdade e a igualdade só podem existir a partir da fraternidade humana. Essas reflexões fizeram com que Annie Besant, uma socialista, afirmasse: “Não creio no socialismo que toma; só creio no socialismo que dá.”
A fraternidade, por sua vez, depende fundamentalmente da transformação de cada um de nós e da expressão de nossas potencialidades internas. Em outras palavras, não há regime, sistema ou forma de governo, não há estrutura externa que possa garantir uma sociedade nobre.
Mergulhando mais profundamente, podemos dizer que é no reconhecimento da natureza divina de todos os seres humanos, no reconhecimento de uma verdadeira fraternidade, não externa, mas real, efetiva, intrínseca, de que todos somos mais do que irmãos, de que somos criaturas feitas do mesmo barro, é que encontraremos as bases da construção de uma sociedade nobre.
Ao completar dezoito anos, os jovens atenienses, antes de se tornarem cidadãos e ingressar na vida pública, prestavam o seguinte juramento: “Prometo que jamais desonrarei esta cidade com nenhum ato de desonestidade ou covardia, que não abandonarei jamais meus irmãos desertando das fileiras, que lutarei pelos ideais e pelo patrimônio sagrado da cidade, ainda que o deva fazer sozinho, reverenciando e obedecendo às leis, e que tudo farei por incitar igual reverência e respeito a quantos acima de nós se possam sentir inclinados a anular ou desconhecer essas leis; prometo que me esforçarei incessantemente para intensificar o sentimento público do dever cívico de nossa cidade; e que assim, por todos esses meios, tudo farei para passar esta cidade às novas gerações não só maior, mas certamente melhor e mais bela do que nos foi transmitida.”
No conselho municipal da pequena cidade de Poplar, perto de Londres, há uma placa que parece uma versão moderna do juramento dos jovens atenienses: “Que a nossa geração possa ter a visão real de nossa sociedade como uma grande e bela realidade, que ela pode e deve ser; uma sociedade de justiça, onde ninguém possa viver prejudicando seus semelhantes; uma sociedade de abundância, onde o vício e a pobreza não possam medrar; uma sociedade de fraternidade, onde todo o êxito se alicerce no ideal de servir, e onde honras sejam prestadas à verdadeira nobreza de ânimo e coração; uma sociedade de paz, na qual a ordem  não se funda na garantia de força, mas na do amor de todos pela sua pátria, a grande mãe da vida coletiva e de todos os seus lares.”

Luta contra a injustiça

Batalhador incansável pelos direitos humanos, Nelson Mandela é uma das figuras mais importantes da história contemporânea. Durante seus anos de estudante, lutou contra as leis do apartheid e ajudou a criar uma divisão juvenil do Congresso Nacional Africano (ANC). Fundou o primeiro escritório de advogados de raça negra na África do Sul. Em 1964 foi condenado à prisão perpétua. Durante os 27 anos em que esteve preso, converteu-se num símbolo internacional de resistência contra o racismo e a injustiça. Em maio de 1994 tornou-se presidente, nas primeiras eleições democráticas de seu país. No ano anterior recebeu o prêmio Nobel da Paz, junto com o presidente sul-africano F. W. de Klerk, por seu esforço conjunto para acabar com o apartheid de forma pacífica.